Mesmo tendo pesquisas que apontem que cargos de gestão administrados por mulheres, tendem a alcançar resultados melhores, essa realidade não se reflete no Brasil. O país está em 94° lugar dentre 146 nações no Ranking Global Gender Gap Report 2022 (em tradução livre, Relatório Global de Desigualdade de Gênero), e vem ano após ano piorando sua posição.
Uma pesquisa feita pela McKinsey Global Institute, 75% das empresas com mulheres na liderança obtiveram resultados melhores na avaliação anual e empresas com uma maior diversidade de seus funcionários tiveram 25% a mais de probabilidade de lucro acima da média. Ainda conforme a pesquisa, o avanço da igualdade de gênero poderia resultar em US $12 trilhões no crescimento mundial.
Visando esta nova conjuntura, a diretiva da União Europeia adotou no final de 2022 a exigência de que todas as grandes empresas listadas na Bolsa de Valores da UE devem tomar medidas para aumentar a presença feminina nos cargos de liderança e no conselho até julho de 2026.
Aqui no Brasil, o IBGE mostrou que o nível de escolaridade das mulheres é mais elevado que dos homens, porém quando olhamos para a participação delas em cargos de liderança, elas só ocupam 37,4%, enquanto os homens ocupam 62,6%.
Mais pesquisas mostram a melhoria do rendimento do trabalho em ambientes, no qual mulheres têm cargos mais elevados ou de liderança.
O caminho para a equiparação ainda está longe, porém a passos lentos o progresso virá.